sexta-feira, 28 de junho de 2013

Ministro da Saúde anuncia 35 mil novas vagas de médicos até 2015

Promessa faz parte de pacto anunciado por Dilma na segunda.
Padilha diz que também pretende importar médicos estrangeiros este ano.


O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (25) a abertura de 35 mil vagas de médicos no Sistema Único de Saúde (SUS) até o ano de 2015.
Além disso, conforme o governo, mais 12 mil vagas de residência médica serão criadas até 2017 para formar especialistas em 27 áreas prioritárias, como pediatria, anestesiologia, radiologia e psiquiatria. Das vagas de residência, 4 mil devem ser criadas até 2015.

O anúncio, de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é parte do pacto sugerido pela presidente Dilma Rousseff na véspera a governadores e prefeitos das capitais para melhorar os serviços de saúde após a onda de protestos por melhores condições de vida em todo o país.

Padilha informou que as novas vagas para médicos se referem aos R$ 7,1 bilhões em investimentos previstos pelo governo federal nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (Upas) 24 horas, sem considerar gastos estaduais, o que pode elevar a oferta de cargos.
Os salários para as vagas a serem criadas seguirão os critérios do SUS, variando conforme a região, a quantidade de horas trabalhadas e outros fatores.
Dados do Ministério da Saúde indicam que o déficit atual de médicos é de 54 mil profissionais atualmente. O Brasil tem uma média de 1,8 médico a cada mil habitantes, contra 1,9 da Venezuela, 2,4 do México, 3,2 da Argentina e 6 para cada mil habitantes em Cuba.
Segundo o ministro, como existe uma falta de profissionais nos dias atuais, o governo pretende suprir o déficit com a importação de médicos estrangeiros, medida contestada por diversas entidades que reúnem médicos no país.
Padilha informou que a última edição do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que pretende levar médicos ao interior e periferias, registrou a oferta por municípios de 13 mil vagas, mas somente 3,5 mil médicos estão atuando no programa, que prevê bolsa mensal de R$ 8 mil para os profissionais.
Segundo ele, haverá uma nova convocação para que prefeituras disponibilizem vagas e a prioridade será de profissionais brasileiros. No entanto, destacou, se as funções não forem preenchidas, o governo vai importar profissionais estrangeiros ainda este ano para suprir o déficit.
“Faltam médicos no Brasil. Se o Brasil quer ter um sistema público universal, precisamos de mais e melhores hospitais e de mais médicos. Não se faz saúde sem médicos. Temos uma série de ações para valorizar e formar profissionais. Mas enquanto não se conclui essa formação, que dura 6, 7 anos, precisamos atrair médicos de outros países.

Criação de vagas e residências
O secretário de gestão do trabalho do Ministério da Saúde, Mozart Sales, explicou que atualmente 22 estados estão abaixo da média nacional de 1,8 médico para cada mil habitantes. Somente Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo superam a médica.
Além disso, informou o secretário, 5 estados tem menos de 1 médico para cada mil habitantes: Acre, Amapá, Maranhão, Pará e Piauí. Segundo ele, os dados mostram a necessidade de formação de profissionais. Ele destacou que somente no SUS há previsão de 35.073 postos de trabalho de médicos até 2015 e que está em andamento levantamento para verificar a demanda nos estados.
Para capacitar profissionais para assumirem as vagas, disse Sales, o objetivo é ampliar o número de médicos residentes, que são aqueles em formação. Atualmente, o país tem 11 mil vagas para cada 15 mil estudantes de medicina que se formam. Por isso, o governo criará mais 4 mil vagas nos hospitais até 2015 e prevê outras 8 mil vagas até 2017.
Esses estudantes, recebem bolsa de R$ 2.350. Além da bolsa, o governo pretende aplicar R$ 100 milhões por ano, sendo o máximo de R$ 200 mil por hospital, para incentivar que unidades hospitalares criem vagas de residência.
O edital para o programa de residências em 2014 prevê que instituições interessadas em ofertas vagas façam inscrições entre 1º de julho e 30 de setembro. Uma novidade é que hospitais privados sem fins lucrativos também podem participar do programa.
São 27 as especialidades prioritárias do programa, aquelas com maior déficit de profissionais. Conforme o ministério, em pesquisa com gestores constatou-se que faltam profissionais principalmente na área de anestesia, pediatria, psiquiatria, neurologia, neurocirurgia e radiologia.

Provab
O Provab, realizado no começo do ano para chamamento de médicos para atuar no interior e periferias, terá nova edição, segundo o Ministério da Saúde, com prioridade para que brasileiros preencham as vagas.
O programa também terá mil vagas para enfermeiros e 500 vagas para dentistas. Os municípios interessados em ofertar postos de trabalho devem procurar o ministério a partir de 17 de julho. Depois, será iniciada a convocação dos profissionais.
Médicos estrangeiros
Alexandre Padilha, ministro da Saúde, voltou a falar sobre a contratação de médicos estrangeiros para suprir o déficit temporário e destacou que o programa de atração de profissionais ainda está em fase de formatação.
O objetivo, disse ele, é que os profissionais tenham autorização temporária para atuar exclusivamente no SUS e nas periferias ou no interior. Ele disse que não se pode apontar obstáculos, como as diferenças culturais e a língua estrangeira.
“A língua não é um obstáculo intransponível, senão não tinha o Médico Sem Fronteiras, que ganhou o Nobel da Paz por salvar vidas. Vamos buscar profissionais que tenham habilidade, capacidade de se comunicar, dialogar com o paciente. Agora, não é obstáculo."

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/06/brasil-tera-mais-35-mil-vagas-de-medicos-e-4-mil-de-residencia-ate-2015.html
Foto: www.reportermt.com.br

Gripe H1N1 volta a atacar

Confira dicas para prevenir a doença

Com o inverno chegando e a temperatura ficando cada vez mais baixa, o risco de contrair gripe se torna cada vez maior. Famosa pela epidemia causada em 2009, a gripe H1N1 foi responsável naquele ano por mais de 46 mil casos e 2 mil mortes e continua até hoje ameaçando a população mundial.

A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1 da influenza do tipo A. Ele é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína. O período de incubação varia de três a cinco dias e a transmissão pode ocorrer antes de surgirem os primeiros sintomas. Ela se dá pelo contato direto com os animais ou com objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias.

Os sintomas da gripe H1N1 são bem parecidos com os de outras gripes. Pessoas que apresentam febre acima de 38°C, dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações, irritação nos olhos, tosse, coriza, cansaço, diarreia, vômitos e falta de apetite, devem ter cuidados especiais e procurar um médico.

A Dra. Nancy Bellei, professora da UNIFESP e coordenadora do Programa de Pós-graduação em Virose Respiratória da instituição, explica que a doença é contraída quando inalamos gotículas suspensas no ar originadas de pessoas doentes que tossem e espirram. "Nos casos mais graves da doença, os pacientes apresentam falta de ar."

Há testes laboratoriais rápidos, que levam aproximadamente 15 dias para revelarem se a pessoa foi infectada por algum vírus da influenza A. Nos Estados Unidos já foram desenvolvidos "kits para diagnóstico", que aceleram esse processo para identificar se a pessoa está com a gripe ou não.

O jeito mais seguro de prevenir o vírus H1N1 é tomando a vacina. Os efeitos colaterais são insignificantes comparados com os benefícios que pode trazer a prevenção. Existe ainda uma vacina com ação trivalente que imuniza contra o H1N1e o H3N2 da influenza A e contra o da influenza B.

"Recomendo tomar a vacina que protegerá após 15 dias nos adultos e evitar contato próximo com pessoas gripadas", recomenda a Dra.

O mais indicado para as pessoas que estão com esses sintomas é evitar a automedicação. O uso dos remédios sem orientação médica pode facilitar o aparecimento de cepas resistentes à medicação e dificultar o diagnóstico. Os princípios ativos fosfato de oseltamivir e zanamivir, presentes em alguns antigripais (Tamiflu e Relenza) e já utilizados no tratamento da gripe aviária, têm se mostrado eficazes contra o vírus H1N1, especialmente se controlados nas primeiras 48 horas.

O vírus H1N1 já circula livremente no Brasil e é transmitido de pessoa para pessoa, sem que uma delas tenha viajado para países infectados ou tenha convivido com indivíduos contaminados. A médica explica: "O maior local de risco aqui no Brasil atualmente se encontra na cidade e estado de São Paulo."

As vacinas, que também protegem contra a gripe comum, podem ser encontradas nos postos de saúde, mas nem todos têm livre acesso. Pessoas com 60 anos de idade ou mais, trabalhadores de saúde, crianças entre seis meses e dois anos de vida, gestantes e povos indígenas formam o grupo prioritário. Para o restante da população, ela pode ser encontrada em clínicas particulares. "A vacina pode ser tomada por todos, porém gratuitamente foi distribuída apenas para grupos de risco", conta a Dra. Nancy.

Algumas dicas devem ser seguidas para prevenir a doença: evite contato íntimo com pessoas que estejam com febre ou tosse, lave as mãos com água e sabão frequentemente, desinfete as mãos com álcool em gel, não compartilhe copos, talheres ou objetos de uso pessoal, evite aglomerações, mantenha hábitos saudáveis como se alimentar corretamente, realize atividades físicas e durma bem. 

Fonte: http://maisequilibrio.terra.com.br/gripe-h1n1-volta-a-atacar-5-1-4-540.html

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Confira oito dicas para prevenir a má circulação sanguínea

A má circulação, ainda mais comum no inverno, é causada pelo acúmulo de gordura nas paredes das artérias. Quando isso acontece, elas ficam endurecidas e estreitas, tornando a circulação do sangue bem mais lenta. Portanto, pessoas sensíveis a estas questões devem se cuidar mais em dias frios e evitar a exposição a baixas temperaturas.

— A recomendação é que as pessoas com esse tipo de problema se protejam do frio, jamais fumem e tenham um acompanhamento constante com o cirurgião vascular, pois, às vezes, a evolução dos sintomas se agrava, provocando a gangrena das pontas dos dedos — alerta o angiologista Ary Elwing.

Segundo o especialista, obesidade, tabagismo, colesterol alto, hipertensão, sedentarismo, diabetes e estress são alguns fatores que podem causar a má circulação. Além disso, maus hábitos como usar meias ou sapatos apertados, dormir muito encolhido, ficar sentado ou cruzar as pernas por bastante tempo, ter alimentação inadequada, pouca ingestão de água e consumo frequente ou exagerado de bebidas alcoólicas também são prejudiciais.

Confira oito dicas para prevenir e tratar a má circulação sanguínea, especialmente nos dias de frio:

1) Use roupas confortáveis: evite as peças que apertem os músculos das pernas, comprimam a cintura ou mesmo os sapatos ou ténis apertados, já que dificultam a circulação do sangue

2) Coma alimentos ricos em fibras: eles ajudam a fazer uma boa digestão, o que evita o aumento de pressão abdominal, a debilitação das paredes das veias e assim reduzem o risco de sofrer de prisão de ventre, varizes e hemorroidas

3) Levante as pernas: levantar um pouco as pernas enquanto se está sentado, ou mantê-las elevadas por alguns minutos quando se deita na cama, ajuda a dar um bom retorno do sangue às veias

4) Faça exercício regularmente: fazer exercício físico é muito benéfico para prevenir a má circulação do sangue, uma vez que os músculos, ao serem exercitados, atuam como corações secundários que comprimem as veias e empurram o sangue para a parte superior do corpo

5) Prefira alimentos com gorduras poli-insaturadas: ao contrário das gorduras saturadas, presentes nos lacticínios e nas carnes bobinas, estes lipídeos reduzem a viscosidade do sangue, aumentando a fluidez da corrente sanguínea. Também ajudam a regular a pressão arterial, a vasodilatação e a coagulação

6) Mantenha-se bem hidratado: beber entre 2 e 3 litros de água por dia ajuda a aumentar a eliminação de toxinas e melhorar a circulação

7) Massagens relaxantes: a técnica favorece a circulação sanguínea e também melhora a irrigação dos tecidos.

8) Não fume: fumar provoca má circulação do sangue, porque a nicotina contida no cigarro danifica as artérias e favorece o aparecimento de varizes.

Ministério da Saúde alerta para cuidados com a saúde no inverno

População deve reforçar os hábitos de higiene e evitar a automedicação. A atenção com crianças e idosos deve ser redobrada nesta época do ano

Com a chegada do inverno, o Ministério da Saúde alerta à população a adotar medidas de prevenção contra as doenças respiratórias, comuns nesta época do ano, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 

A concentração de pessoas em ambientes fechados favorece a circulação de diversos tipos de vírus respiratórios, inclusive o da influenza. Hábitos simples de higiene são importantes para prevenção, já que o vírus permanece vivo no ambiente por até 72 horas e, em superfícies como corrimões, maçanetas e torneiras, por até 10 horas. 

Os cuidados de higiene devem ser redobrados com crianças e idosos. No caso das crianças, é recomendável - especialmente no ambiente escolar - que além das mãos, os brinquedos e objetos de uso comum sejam lavados com água e sabão ou higienizados com álcool gel a 70%. Nas creches, também é importante evitar que as crianças durmam muito próximas. A distância ideal entre elas é de um metro. 

Já para os idosos, o perigo está nas complicações advindas com a gripe, como a pneumonia e agravamento de doenças crônicas, entre elas a hipertensão e diabetes. Uma, entre as várias formas de prevenção, é a vacina contra a gripe, que foi ofertada pelo Ministério da Saúde aos grupos mais vulneráveis. “Nesse ano, superamos a meta e conseguimos vacinar mais de 90% da população alvo. A vacina não elimina totalmente a transmissão da gripe, mas pode reduzir as complicações e as mortes”, observa o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. 

Os sintomas da gripe costumam se manifestar entre dois e três dias após o contágio e duram, em média, uma semana. Febre alta permanente e dificuldade para respirar são sinais que podem indicar o agravamento do quadro, principalmente se ocorrer com pessoas dos grupos de maior vulnerabilidade para as complicações da influenza. "A gripe tem início súbito e, na maior parte dos casos, tem cura espontânea. Mas, é fundamental um diagnóstico rápido e tratamento adequado, principalmente com crianças pequenas, idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas", alerta o secretário. 

RESFRIADO E RINITE – Mais leve e menos demorado, o resfriado frequentemente é confundido com gripe. Embora parecidos, os sintomas do resfriado são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias. Em geral, as pessoas apresentam tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. No resfriado, a febre é menos comum e, quando aparece, é baixa. 

Outra doença que também tem sintomas parecidos e que pode ser confundida com a gripe é a rinite alérgica. Os principais sintomas são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta. A rinite alérgica não é uma doença transmissível, provocada pelo contato com agentes que causam alergia, como poeira, pelos de animais, poluição, mofo e alguns alimentos. 

O vírus da influenza pode ser transmitido por adultos doentes por até sete dias e até 14 dias, em crianças. A forma mais comum de transmissão é a direta, entre pessoas, por meio de gotículas de saliva expelidas ao falar, tossir e espirrar. A outra forma é a indireta, por meio das mãos que, após tocarem superfícies contaminadas por secreções de pessoas doentes, podem carregar o vírus diretamente para a boca, nariz e olhos. 

TRATAMENTO – Ao surgirem sintomas de gripe, resfriado ou rinite, o Ministério da Saúde recomenda que as pessoas procurem o serviço de saúde mais próximo e não tomem medicamentos por conta própria, como os antigripais. A automedicação pode mascarar sintomas, contribuir para o agravamento da doença e dificultar o diagnóstico, que deve ser feito por um médico. 

Para os casos de síndrome gripal em pessoas vulneráveis às complicações, o Ministério da Saúde recomenda que os médicos prescrevam o uso do antiviral Fosfato de Oseltamivir (Tamiflu), de acordo com o Protocolo de Tratamento da Influenza 2013. Só neste ano, foram enviados às secretarias estaduais mais de um milhão de tratamentos que devem estar disponíveis nas unidades de saúde de todo o país. 

Para atingir sua eficácia máxima, o medicamento deve ser tomado nas primeiras 48 horas após o início da doença. Entretanto, mesmo ultrapassado esse período, o Ministério da Saúde indica a prescrição do antiviral. 

Medidas preventivas de eficácia comprovada: 

Higienizar as mãos com água e sabão, ou com álcool gel, principalmente depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro; antes de comer; antes e depois de tocar os olhos, a boca e o nariz 
Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente contaminadas, como corrimãos, bancos e maçanetas 
Evitar proteger a tosse e o espirro com as mãos, utilizando, preferencialmente, lenço de papel descartável 
Evitar contato com pessoas que apresentem a síndrome gripal.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Cuidados com a saúde dos ossos dos 20 aos 50 anos

Saiba por que é importante cuidar dos ossos desde cedo e veja dicas de especialistas sobre como fazer isso em diferentes etapas da vida adulta

Entre todas as preocupações com a saúde e a aparência do corpo, os ossos costumam ser relegados a um segundo plano. Mas, como principal equipamento natural de sustentação do corpo, eles merecem ser alvo constante de atenções e cuidados ao longo de toda a vida – para garantir bem-estar duradouro e evitar maiores complicações na terceira idade.

“O pico de massa óssea se dá na terceira década de vida, na maioria das pessoas”, explica Marcelle Xavier, geriatra do Hospital Icaraí, em Niterói (RJ), e especialista em Geriatria e Gerontologia pela Universidade Federal Fluminense.

“A partir de então, a densidade mineral óssea começa a cair progressivamente. Mulheres na pós-menopausa perdem entre 0,5% e 1,5% da massa óssea ao ano e precisam de atenção e cuidados mais intensivos.”

A razão para a saúde dos ossos preocupar mais às mulheres é simples: os hormônios femininos são importantes para fixar o cálcio, e a falta desse mineral é o que acaba enfraquecendo os ossos.

“No período do climatério (menopausa), é muito importante procurar o ginecologista para fazer um acompanhamento adequado e avaliar a necessidade de reposição hormonal; a partir daí, são recomendadas consultas anuais”, recomenda o ginecologista Renato Sá, membro da diretoria da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro.

Para cuidar dos ossos, medidas simples, porém eficazes, devem ser seguidas ao longo de toda a vida.

Quem quer ter uma massa óssea saudável deve ficar atento a quatro hábitos básicos, aponta o ortopedista Eduardo Vasquez, do Hospital São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro (RJ), e membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia: alimentação, prática de exercícios físicos, exposição ao sol e sono.

Doenças metabólicas hormonais, como problemas da tireiode e paratireiode, diabetes e Doença de Cushing são as causas mais comuns de patologias ósseas associadas, assim como a desnutrição nas fases iniciais da vida, que ainda é também causa importante de doença óssea no Brasil.

“Os sintomas mais comuns são o cansaço crônico, o excesso de sono e fraturas ocasionadas por pequenos traumas”, exemplifica Vasquez. Nestes casos, exames laboratoriais de rotina podem levar ao diagnóstico de doenças nutricionais e/ou metabólicas.

Para evitar transtornos, o ideal é cercar-se de cuidados desde cedo.

“O melhor tratamento para as doenças ósseas ainda continua sendo a prevenção”, garante Leinita Balbino, chefe do setor de Geriatria do Hospital Balbino (RJ) e membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

“Hábitos saudáveis de vida são a única garantia para uma velhice sem maiores problemas de saúde. Envelhecer não é fácil, e sem saúde fica muito mais difícil ter qualidade de vida nessa fase.”

Veja a seguir os principais cuidados recomendados por especialistas a serem tomados em cada faixa etária para garantir aos ossos uma saúde de ferro:

20 anos – Fase de captação e armazenamento do estoque ósseo
Pratique exercícios físicos regularmente: a atividade física preserva a absorção do cálcio pelos ossos, além de aumentar a resistência e o metabolismo ósseo. Deve ser mantida em todas as faixas etárias da vida, como medida principal de prevenção de problemas ósseos. 

Tenha uma alimentação equilibrada:  uma dieta rica em vitaminas e sais minerais deve incluir ainda porções ideais de cálcio, matéria-prima mais importante da estrutura óssea. Alimentos ricos em cálcio, como verduras, derivados do leite e carnes brancas, auxiliam a sua absorção durante a digestão dos alimentos. Também é cuidado que deve ser mantido ao longo de todas as demais faixas etárias. 

30 anos – Fase de captação e armazenamento do estoque ósseo
Exponha-se moderadamente ao sol: para estimular a produção de vitamina D, é fundamental tomar sol em horários adequados - ou pela manhã ou ao final da tarde. 

Evite o sedentarismo e o fumo:  o problema está ligado à interação entre o fumo e o hormônio feminino, somada à liberação de radicais livres. O cigarro também diminui a função da célula responsável pela produção da matriz óssea, o que também ocasiona uma maior dificuldade para fumantes na consolidação de fraturas.

40 anos – Fase de manutenção do estoque ósseo
Dê atenção à qualidade do sono:  é durante os períodos de repouso que o organismo libera hormônios que ajudam na captação do cálcio ao osso.

Monitore bem o uso de algumas medicações:  o uso de glicocorticóides e de alguns anticonvulsivantes específicos também contribui para a perda da qualidade dos ossos e deve ser sempre monitorado e acompanhado por médicos. 

Mantenha um acompanhamento médico na menopausa:  no período do climatério, as mulheres devem procurar o ginecologista para fazer um acompanhamento adequado e avaliar a necessidade de passar por uma reposição hormonal.

50 anos – Fase de diminuição do estoque ósseo
Faça complementação de cálcio e vitamina D:  recomendada mesmo em dietas já ricas nos dois componentes. Em relação à vitamina D, o cuidado deve ser ainda maior, já que idosos em especial estão mais sujeitos à deficiência da vitamina devido ao fato de a produção cutânea e a estocagem serem reduzidas ao longo dos anos. 

Visite o médico regularmente:  é recomendado acompanhamento médico para rastreamento e prevenção, além da realização anual de exames de densitometria óssea para detecção da osteoporose .

Embalagens preservam os nutrientes, mas pedem cuidados na hora da compra

Compare vidro, aço, alumínio, entre outros tipos, e saiba como evitar os riscos à saúde

Nas prateleiras do mercado, o que não falta são embalagens. De plástico fosco ou transparente, vidro, alumínio, aço, papelão ou feita com outros materiais, é difícil saber qual conserva melhor cada tipo de alimento. Algumas têm como pilar a praticidade, como os biscoitos em embalagens individuais, enquanto outras prezam mais pela apresentação, como por exemplo, o azeite envasado na embalagem de vidro que fica na mesa durante as refeições. Em comum, todos os tipos precisam garantir que o alimento ali conservado será consumido em perfeitas condições. 

"A embalagem é pensada para manter a integridade total do alimento desde a sua distribuição até o final do prazo de validade", explica a diretora executiva da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE), Luciana Pellegrino. Segundo ela, a embalagem está atrelada diretamente a questão de saúde pública, sendo responsável por preservar a qualidade nutricional dos alimentos e o seu frescor. 

O problema é que as embalagens também escondem seus mistérios. Como saber, por exemplo, que tipo de embalagem é melhor para conservar carnes? Ou então, o que aponta que uma embalagem pode trazer perigos à saúde do nosso organismo? Isso mesmo, de protetoras de alimentos, elas podem agir como verdadeiras guardiãs de fungos e bactérias, causando prejuízos enormes ao organismo. A primeira dica a gente entrega já: nunca compre alimentos que estejam em uma embalagem rompida! "No momento em que a embalagem foi aberta, o produto lá dentro já está em processo de degradação", alerta Luciana Pellegrino. Hoje em dia, o lacre está cada vez mais visível para que o consumidor repare se ele está rompido. Além disso, verifique sempre a data de validade dos produtos.