Por Izabel Rosa Cardoso Pellicciari*
A obesidade é um distúrbio nutricional e metabólico caracterizado
pelo aumento da massa gordurosa ou excesso de tecido adiposo. Ela está
associada a fatores genéticos e/ou ambientais, sendo o sedentarismo e os
maus hábitos alimentares seus potencializadores. É consenso que a
obesidade infantil vem aumentando de forma significativa, e que essa
doença determina graves complicações na infância e na idade adulta. Na
infância, o controle do problema pode ser ainda mais difícil, pois está
relacionado a mudanças de hábitos, à disponibilidade dos pais de
participar desse processo e à falta de entendimento da criança quanto
aos danos causados pela obesidade.
De acordo com estimativa da International Obesity Task Force,
155 milhões de estudantes em todo o mundo estão acima do peso e obesos.
E os países industrializados são os que apresentam maior prevalência de
obesidade infantil. No Brasil, esse cenário foi demonstrado na Pesquisa
de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009), realizada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o
Ministério da Saúde. De acordo com o levantamento, 34,8% dos meninos e
32% das meninas estão com sobrepeso; e 16,6% e 11,8%, respectivamente,
estão obesos. Para se ter ideia da gravidade do problema, da primeira
pesquisa mundial do National Health and Nutrition Examination Survey, em
1971-1974, à pesquisa relativa a 2003-2006, a obesidade infantil passou
de 5% para 12% na faixa de 2 a 5 anos; de 4% para 17% em crianças entre
6 e 11 anos; e de 6,1% para 17,6% entre os adolescentes até 19 anos.
Esse aumento da prevalência da obesidade infantil é
preocupante porque acarreta enorme problema de saúde pública e aumento
em curto espaço de tempo dos custos socioeconômicos. Estudos mostram que
80% dos adolescentes obesos continuarão com excesso de peso quando
adultos. Além disso, a associação da obesidade com alterações
metabólicas, como dislipidemia (aumento dos níveis de colesterol, por
exemplo), pressão alta e intolerância à glicose, é fator de risco para o
diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
E diabetes é apenas uma das muitas complicações decorrentes do
excesso de peso. Há muitas outras, como problemas articulares,
respiratórios e mesmo psicossociais. O aumento da prevalência da
obesidade, a gravidade das suas repercussões, as dificuldades para o seu
controle e o alto custo para a sociedade fazem desse distúrbio
nutricional um relevante problema de saúde pública, que precisa ser
combatido desde os primeiros meses da criança.
A Amil está envolvida nessa causa por meio de iniciativas como
o Saúde 360, site informativo dedicado a crianças, adolescentes, pais,
educadores, professores, profissionais de saúde e à sociedade em geral
voltado à prevenção e ao controle do excesso de peso e da obesidade.
*Izabel Rosa Cardoso Pellicciari é pediatra e editora científica do Saúde 360.
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Fonte: http://www.portalsaude360.com.br/artigos.html#.article-03
Defeitos genéticos podem causar obesidade severa, mas ambiente
favorável ao ganho de peso é determinante na maioria do casos

Consumo de alimentos maior do que o gasto energético é igual a
obesidade. Certo? Essa resposta é mais complexa. A obesidade é
multifatorial e sofre ação da hereditariedade, do ambiente e do
comportamento. O que as pesquisas indicam é que de 25% a 70% do nosso
peso corporal são influenciados pela genética, principalmente na
obesidade severa. Na forma leve e moderada, o ambiente é determinante,
afirmam cientistas. Há muito ainda a descobrir nessa área, e o que se
sabe, por enquanto, é que os genes relacionados à obesidade agem
alterando o gasto de energia, o controle do apetite ou a maneira como o
corpo processa e absorve os nutrientes. Hoje o mapa genético da
obesidade aponta para mais de 400 genes e outros marcadores, e suas
interações, com algum papel na obesidade humana. Porém o ambiente e o
estilo de vida ainda são os principais aliados dessa doença, que se
tornou uma epidemia.
Se a pessoa vive num ambiente favorável à obesidade e carrega
genes que respondem à doença, há 90% de chance de ganhar peso de forma
crônica. Um exemplo é o hormônio leptina, produzido no tecido adiposo e
responsável pela sensação de saciedade e pelo gasto de energia
(termogênese). Pesquisas em laboratório mostraram que roedores
geneticamente obesos não apresentavam o gene para a expressão da
leptina. Nos humanos, o gene da leptina está no cromossomo 7q31. E um
dado curioso é que a maior parte dos obesos tem taxas elevadas de
leptina, porém, por algum motivo ainda não totalmente esclarecido, o
cérebro deles apresenta resistência ao hormônio.
Outra substância bem conhecida hoje é a grelina, ou hormônio
da fome, produzida no trato gastrointestinal e que também age no
controle da ingestão de alimentos e no gasto de energia. A grelina,
entre outras funções, dispara a vontade de comer, e suas taxas no
organismo sobem uma a duas horas antes das principais refeições. Num dos
estudos sobre esse hormônio, cientistas observaram que magros liberam
maior nível de grelina durante o sono, o que não ocorre com obesos.
“Podemos afirmar que a obesidade cursa em família. Geralmente um obeso
tem pais ou parentes próximos gordos. E a obesidade genética geralmente
se manifesta em outros membros da mesma família”, diz o endocrinologista
Amélio Godoy-Matos, professor de pós-graduação da PUC-RJ e médico do
Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (Iede).
Ele lembra um estudo dinamarquês liderado por Stunkard
realizado com 3.580 gêmeos obesos adotados na Dinamarca por famílias que
não se conheciam. As crianças continuaram obesas mesmo criadas em
ambientes diferentes e independentemente dos pesos de seus pais
adotivos. “Esse é um dos estudos que mostram a relação direta entre
obesidade e fatores genéticos. Pesquisas também sugerem que há
influência genética na dissipação de energia”, comenta Godoy-Matos.
Hoje são conhecidos sete genes associados à obesidade
monogênica. Pelo menos duas síndromes genéticas têm relação com
obesidade e são causadas por alterações em um único gene: a síndrome de
Prader-Willi e a síndrome de Bardet-Biedl. “As mutações do receptor MC4
são as mais comuns na obesidade em crianças e adultos”, acrescenta
Godoy-Matos. Segundo o médico, a maioria dos genes com influência na
obesidade está associada a ações do Sistema Nervoso Central, mas também
do trato gastrointestinal e do tecido adiposo, e regula o apetite e o
gasto de energia.
Para Godoy-Matos, na maioria dos casos a genética municia a
arma e o ambiente puxa o gatilho que dispara a obesidade: “Nossos genes
não sofreram alterações por conta própria com o passar dos séculos, mas o
ambiente em que vivemos atualmente está forçando essas mutações. O
principal responsável pela epidemia de obesidade é a grande oferta de
alimentos calóricos. Vivemos em um ambiente obesogênico favorável ao
consumo e totalmente desfavorável ao gasto de energia”, diz o médico.
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Fonte: http://www.portalsaude360.com.br/artigos.html#.article-01
Adoçantes sintéticos estimulam a fome em crianças e adolescentes.
Pediatras indicam o produto apenas em casos especiais
De uns anos para cá, os adoçantes se transformaram de
queridinhos em vilões que, em excesso, podem fazer mal à saúde. Hoje,
muitos estudos e algumas discussões nas áreas médica e nutricional
mostram que, em quantidade moderada, não há qualquer risco no uso de
edulcorantes. O problema está no uso indiscriminado e por consumidores
que não apresentam restrições médicas quanto ao uso de açúcar. A priori,
adoçantes são indicados para quem tem problemas em metabolizar açúcar
ou precisa perder peso. Portanto, adultos saudáveis e crianças não
precisam, teoricamente, consumi-los.
“Criança não precisa ingerir adoçante, nem mesmo açúcar. O
paladar natural dos alimentos deve ser estimulado desde cedo. Temos
diferentes tipos de adoçantes no mercado, uns melhores, outros piores,
mas eles em excesso podem ter efeitos na saúde. Além disso, os adoçantes
podem estimular a fome da criança”, explica a nutricionista Mariana
Fróes, especializada em nutrição infantil.
O FDA, sigla em inglês do órgão que regulamenta medicamentos e
alimentos nos Estados Unidos, aprova cinco produtos edulcorantes:
acesulfame potássio, aspartame, neotame, sacarina e sucralose, inclusive
para gestantes e crianças. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
estabelece os limites máximos de consumo diário, e o papel de regular o
uso no Brasil está a cargo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa). Para chegar a um número-limite, ela leva em consideração o
índice de Ingestão Diária Aceitável (IDA), que varia de acordo com o
tipo de produto. Para se ter uma ideia, o consumo máximo de aspartame
recomendado pela OMS é de 50mg/kg; de sacarina, 5mg/kg.
Especialistas em nutrição e saúde infantil explicam que o
ideal é priorizar soluções naturais para as crianças, sempre que
possível. Ou seja, privilegiar alimentos naturais aos industrializados. E
isso vale também para os que adoçam.
“Eu não recomendo que crianças usem adoçantes, porque a
maioria é produto sintético. Crianças obesas em tratamento podem usar
sucralose com moderação, mas os sintéticos não. Até hoje não há um
estudo que mostre os efeitos cumulativos dessas substâncias no
organismo”, explica a pediatra Denise Brum.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos
Dietéticos (Abiad), os adoçantes fazem parte dos hábitos alimentares de
35% dos lares brasileiros. Eles não são todos iguais, cada um possui
características diferentes como sabor, restrições, indicações e poder de
dulçor diferente. São classificados em naturais (como a frutose e o
sorbitol) e artificiais (como o aspartame, o ciclamato e a sacarina).
Ciclamato: é um adoçante artificial, 30 vezes mais doce do que o açúcar de mesa, não é calórico e não é metabolizado pelo organismo.
Sacarina: artificial, adoça 300 vezes mais do
que o açúcar. Foi o primeiro adoçante a ser descoberto, em 1879, e
possui um gosto residual amargo. Não é metabolizado pelo organismo.
Aspartame: artificial, adoça 200 vezes mais
do que o açúcar e não deixa sabor residual. Quando submetido a altas
temperaturas, perde parte de sua propriedade adoçante.
Sucralose: tem o mesmo sabor do açúcar, porque também é derivado da cana. Adoça 600 vezes mais e não é calórico.
Stevia: adoçante natural, derivado de uma planta da família do crisântemo, é 400 vezes mais doce do que o açúcar.
Sacarina: 6 gotas ou meio envelope.
Ciclamato: 12 gotas ou um envelope.
Stevia: 7 gotas ou meio envelope.
Aspartame: 48 gotas ou três envelopes.
Sucralose: 18 gotas ou meio envelope.
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