sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Obesidade: questão de saúde pública

Por Izabel Rosa Cardoso Pellicciari* 


A obesidade é um distúrbio nutricional e metabólico caracterizado pelo aumento da massa gordurosa ou excesso de tecido adiposo. Ela está associada a fatores genéticos e/ou ambientais, sendo o sedentarismo e os maus hábitos alimentares seus potencializadores. É consenso que a obesidade infantil vem aumentando de forma significativa, e que essa doença determina graves complicações na infância e na idade adulta. Na infância, o controle do problema pode ser ainda mais difícil, pois está relacionado a mudanças de hábitos, à disponibilidade dos pais de participar desse processo e à falta de entendimento da criança quanto aos danos causados pela obesidade.
De acordo com estimativa da International Obesity Task Force, 155 milhões de estudantes em todo o mundo estão acima do peso e obesos. E os países industrializados são os que apresentam maior prevalência de obesidade infantil. No Brasil, esse cenário foi demonstrado na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde. De acordo com o levantamento, 34,8% dos meninos e 32% das meninas estão com sobrepeso; e 16,6% e 11,8%, respectivamente, estão obesos. Para se ter ideia da gravidade do problema, da primeira pesquisa mundial do National Health and Nutrition Examination Survey, em 1971-1974, à pesquisa relativa a 2003-2006, a obesidade infantil passou de 5% para 12% na faixa de 2 a 5 anos; de 4% para 17% em crianças entre 6 e 11 anos; e de 6,1% para 17,6% entre os adolescentes até 19 anos.
Esse aumento da prevalência da obesidade infantil é preocupante porque acarreta enorme problema de saúde pública e aumento em curto espaço de tempo dos custos socioeconômicos. Estudos mostram que 80% dos adolescentes obesos continuarão com excesso de peso quando adultos. Além disso, a associação da obesidade com alterações metabólicas, como dislipidemia (aumento dos níveis de colesterol, por exemplo), pressão alta e intolerância à glicose, é fator de risco para o diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
E diabetes é apenas uma das muitas complicações decorrentes do excesso de peso. Há muitas outras, como problemas articulares, respiratórios e mesmo psicossociais. O aumento da prevalência da obesidade, a gravidade das suas repercussões, as dificuldades para o seu controle e o alto custo para a sociedade fazem desse distúrbio nutricional um relevante problema de saúde pública, que precisa ser combatido desde os primeiros meses da criança.
A Amil está envolvida nessa causa por meio de iniciativas como o Saúde 360, site informativo dedicado a crianças, adolescentes, pais, educadores, professores, profissionais de saúde e à sociedade em geral voltado à prevenção e ao controle do excesso de peso e da obesidade. 

*Izabel Rosa Cardoso Pellicciari é pediatra e editora científica do Saúde 360.

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Fonte: http://www.portalsaude360.com.br/artigos.html#.article-03 

Profissionais de Saúde

Defeitos genéticos podem causar obesidade severa, mas ambiente favorável ao ganho de peso é determinante na maioria do casos 


Consumo de alimentos maior do que o gasto energético é igual a obesidade. Certo? Essa resposta é mais complexa. A obesidade é multifatorial e sofre ação da hereditariedade, do ambiente e do comportamento. O que as pesquisas indicam é que de 25% a 70% do nosso peso corporal são influenciados pela genética, principalmente na obesidade severa. Na forma leve e moderada, o ambiente é determinante, afirmam cientistas. Há muito ainda a descobrir nessa área, e o que se sabe, por enquanto, é que os genes relacionados à obesidade agem alterando o gasto de energia, o controle do apetite ou a maneira como o corpo processa e absorve os nutrientes. Hoje o mapa genético da obesidade aponta para mais de 400 genes e outros marcadores, e suas interações, com algum papel na obesidade humana. Porém o ambiente e o estilo de vida ainda são os principais aliados dessa doença, que se tornou uma epidemia.

Se a pessoa vive num ambiente favorável à obesidade e carrega genes que respondem à doença, há 90% de chance de ganhar peso de forma crônica. Um exemplo é o hormônio leptina, produzido no tecido adiposo e responsável pela sensação de saciedade e pelo gasto de energia (termogênese). Pesquisas em laboratório mostraram que roedores geneticamente obesos não apresentavam o gene para a expressão da leptina. Nos humanos, o gene da leptina está no cromossomo 7q31. E um dado curioso é que a maior parte dos obesos tem taxas elevadas de leptina, porém, por algum motivo ainda não totalmente esclarecido, o cérebro deles apresenta resistência ao hormônio.
Outra substância bem conhecida hoje é a grelina, ou hormônio da fome, produzida no trato gastrointestinal e que também age no controle da ingestão de alimentos e no gasto de energia. A grelina, entre outras funções, dispara a vontade de comer, e suas taxas no organismo sobem uma a duas horas antes das principais refeições. Num dos estudos sobre esse hormônio, cientistas observaram que magros liberam maior nível de grelina durante o sono, o que não ocorre com obesos. “Podemos afirmar que a obesidade cursa em família. Geralmente um obeso tem pais ou parentes próximos gordos. E a obesidade genética geralmente se manifesta em outros membros da mesma família”, diz o endocrinologista Amélio Godoy-Matos, professor de pós-graduação da PUC-RJ e médico do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (Iede).
Ele lembra um estudo dinamarquês liderado por Stunkard realizado com 3.580 gêmeos obesos adotados na Dinamarca por famílias que não se conheciam. As crianças continuaram obesas mesmo criadas em ambientes diferentes e independentemente dos pesos de seus pais adotivos. “Esse é um dos estudos que mostram a relação direta entre obesidade e fatores genéticos. Pesquisas também sugerem que há influência genética na dissipação de energia”, comenta Godoy-Matos.
Hoje são conhecidos sete genes associados à obesidade monogênica. Pelo menos duas síndromes genéticas têm relação com obesidade e são causadas por alterações em um único gene: a síndrome de Prader-Willi e a síndrome de Bardet-Biedl. “As mutações do receptor MC4 são as mais comuns na obesidade em crianças e adultos”, acrescenta Godoy-Matos. Segundo o médico, a maioria dos genes com influência na obesidade está associada a ações do Sistema Nervoso Central, mas também do trato gastrointestinal e do tecido adiposo, e regula o apetite e o gasto de energia.
Para Godoy-Matos, na maioria dos casos a genética municia a arma e o ambiente puxa o gatilho que dispara a obesidade: “Nossos genes não sofreram alterações por conta própria com o passar dos séculos, mas o ambiente em que vivemos atualmente está forçando essas mutações. O principal responsável pela epidemia de obesidade é a grande oferta de alimentos calóricos. Vivemos em um ambiente obesogênico favorável ao consumo e totalmente desfavorável ao gasto de energia”, diz o médico. 



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Fonte: http://www.portalsaude360.com.br/artigos.html#.article-01

Adoçantes sintéticos

Adoçantes sintéticos estimulam a fome em crianças e adolescentes. 




Pediatras indicam o produto apenas em casos especiais
De uns anos para cá, os adoçantes se transformaram de queridinhos em vilões que, em excesso, podem fazer mal à saúde. Hoje, muitos estudos e algumas discussões nas áreas médica e nutricional mostram que, em quantidade moderada, não há qualquer risco no uso de edulcorantes. O problema está no uso indiscriminado e por consumidores que não apresentam restrições médicas quanto ao uso de açúcar. A priori, adoçantes são indicados para quem tem problemas em metabolizar açúcar ou precisa perder peso. Portanto, adultos saudáveis e crianças não precisam, teoricamente, consumi-los.
“Criança não precisa ingerir adoçante, nem mesmo açúcar. O paladar natural dos alimentos deve ser estimulado desde cedo. Temos diferentes tipos de adoçantes no mercado, uns melhores, outros piores, mas eles em excesso podem ter efeitos na saúde. Além disso, os adoçantes podem estimular a fome da criança”, explica a nutricionista Mariana Fróes, especializada em nutrição infantil.
O FDA, sigla em inglês do órgão que regulamenta medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, aprova cinco produtos edulcorantes: acesulfame potássio, aspartame, neotame, sacarina e sucralose, inclusive para gestantes e crianças. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece os limites máximos de consumo diário, e o papel de regular o uso no Brasil está a cargo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para chegar a um número-limite, ela leva em consideração o índice de Ingestão Diária Aceitável (IDA), que varia de acordo com o tipo de produto. Para se ter uma ideia, o consumo máximo de aspartame recomendado pela OMS é de 50mg/kg; de sacarina, 5mg/kg.
Especialistas em nutrição e saúde infantil explicam que o ideal é priorizar soluções naturais para as crianças, sempre que possível. Ou seja, privilegiar alimentos naturais aos industrializados. E isso vale também para os que adoçam. 

“Eu não recomendo que crianças usem adoçantes, porque a maioria é produto sintético. Crianças obesas em tratamento podem usar sucralose com moderação, mas os sintéticos não. Até hoje não há um estudo que mostre os efeitos cumulativos dessas substâncias no organismo”, explica a pediatra Denise Brum. 

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos (Abiad), os adoçantes fazem parte dos hábitos alimentares de 35% dos lares brasileiros. Eles não são todos iguais, cada um possui características diferentes como sabor, restrições, indicações e poder de dulçor diferente. São classificados em naturais (como a frutose e o sorbitol) e artificiais (como o aspartame, o ciclamato e a sacarina).
Ciclamato: é um adoçante artificial, 30 vezes mais doce do que o açúcar de mesa, não é calórico e não é metabolizado pelo organismo.
Sacarina: artificial, adoça 300 vezes mais do que o açúcar. Foi o primeiro adoçante a ser descoberto, em 1879, e possui um gosto residual amargo. Não é metabolizado pelo organismo.
Aspartame: artificial, adoça 200 vezes mais do que o açúcar e não deixa sabor residual. Quando submetido a altas temperaturas, perde parte de sua propriedade adoçante.
Sucralose: tem o mesmo sabor do açúcar, porque também é derivado da cana. Adoça 600 vezes mais e não é calórico.
Stevia: adoçante natural, derivado de uma planta da família do crisântemo, é 400 vezes mais doce do que o açúcar.
Sacarina: 6 gotas ou meio envelope.
Ciclamato: 12 gotas ou um envelope.
Stevia: 7 gotas ou meio envelope.
Aspartame: 48 gotas ou três envelopes.
Sucralose: 18 gotas ou meio envelope. 



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Fonte: http://www.portalsaude360.com.br/noticias.html#.article-03