
Uma dose de criatividade pode ajudar os pais a criar opções gostosas para o lanche da escola, com alimentos ricos em vitaminas, proteínas, ferro, cálcio e fibras, em vez daqueles com gordura, açúcar e sódio em excesso. Pães integrais, queijo branco, cenoura em palitos e sucos naturais são algumas das opções de uma lancheira saudável. E quanto mais colorido o conjunto, melhor, porque cada item tem um tipo de vitamina e mineral diferente. Pedir ajuda à criança para montar o lanche também é uma boa dica. Enquanto lavam as frutas, por exemplo, os pais podem explicar os benefícios de cada uma.
“Alimentação é hábito, por isso é possível acostumar crianças a comer bem. Para beber, é sempre recomendável levar suco de fruta natural ou até de polpa congelada. Suco de caixinha deve ser evitado, porque tem muito conservante”, conta a nutricionista Daniela Lasman, do programa MAIS (Modelo de Alimentação Infantil Saudável). Para comer, é importante escolher uma fonte de carboidrato para dar energia, que pode vir de um pão de forma integral com requeijão ou de biscoitos salgados integrais. “Biscoito de polvilho, que é assado, e pipoca feita na panela, com pouco óleo e sem manteiga, também são boas opções”, diz Daniela.
Segundo a nutricionista Mariana Fróes, especializada em nutrição infantil, como preparar um lanche gostoso e saudável para as crianças é uma das maiores dúvidas das mães que chegam ao consultório. “Se for levar um sanduíche para a escola, coloque um pão integral com grãos e recheios simples, nada de embutidos. Ou um frango desfiado com milho, geleia 100% fruta”, sugere.
Embutidos como presunto, mortadela e salame são alimentos com sódio e gordura em excesso e devem ser evitados. Até mesmo o peito de peru não deve ser ingerido em grandes quantidades, pois costuma ter muito nitrito e nitrato para ajudar na conservação, o que é prejudicial. Conservação, aliás, é um ponto fundamental para garantir um lanche saudável. Embalar o sanduíche em papel alumínio ajuda a mantê-lo fresco e evita a contaminação, assim como preferir a lancheira térmica à comum. Para o suco, o ideal são as garrafas térmicas escuras, que conservam melhor as vitaminas.
E, para os lanches dos passeios de fins de semana, como driblar as tentações dos lanches rápidos das grandes redes de fast food? Para os especialistas, importante é criar o bom hábito nos filhos. “Eu costumo dizer às mães que fast food somente uma vez por mês, no máximo. Quer comer um hambúrguer? Dá para fazer um bem saudável em casa, no forno, com carne moída. Também dá para fazer uma pizza gostosa com massa integral e uma cobertura de queijo branco e atum light, por exemplo”, ensina Daniela Lasman.
Sugestões de receitas de lanches saudáveis, Fonte MAIS
Opção 1
2 fatias de pão integral
1 Polenguinho light (fibras e cálcio)
1 garrafa de suco natural (200ml)
Variações: pode incluir rodelas de tomates e orégano.
Opção 2
2 fatias de pão integral
1 fatia de queijo branco
1 fatia de peito de peru
1 garrafa de suco natural (200ml)
Variações: trocar o queijo branco por requeijão light.
Opção 3
2 bisnaguinhas
patê de peito de peru (caseiro: bater no liquidificador ricota, iogurte, peito de peru, uma pitada de sal e um fio de azeite)
1 garrafinha de água de coco (200ml)
1 maçã
Variações: acrescente uvas-passas no patê pronto.
Opção 4
1 pacote de biscoitos integrais (tipo Club Social)
1 iogurte de garrafinha light (200ml)
1 pera
Variações: trocar o biscoito integral por uma
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Por Mônica Moretzsohn*

Atualmente há mais de 40 milhões de crianças menores de 5 anos com excesso de peso no mundo, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil 33,5% das crianças de 5 a 9 anos de idade, ou seja, uma em cada três, estão acima do peso. Na faixa etária de 10 a 19 anos, a prevalência varia de 16% a 27%. Índices que chamam a atenção para a obesidade, doença caracterizada por excesso de gordura corporal, resultante de um desequilíbrio entre ingestão/gasto e que envolve fatores genéticos e ambientais. O consumo de alimentos ricos em açúcares e gorduras, aliado ao sedentarismo, é o grande responsável pelo aumento expressivo da obesidade nas últimas décadas.
Por isso, a prevenção da obesidade deve ser iniciada já no pré-natal para garantir a adequada nutrição à gestante. A partir do nascimento do bebê, a participação do pediatra é essencial nesse processo para estimular o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês. Sabe-se que o leite materno, pela sua composição nutricional, tem efeito protetor contra obesidade. O médico também deve orientar os pais quanto à introdução de sucos e papas após esse período, mantendo o aleitamento até os 2 anos, assim como incentivar o consumo de frutas, verduras, legumes, lembrando que os pais são modelos para os filhos.
Outra medida é estimular a prática de atividade física tanto lúdica quanto recreativa, de acordo com a idade da criança e com a participação da família, como jogar bola, andar de bicicleta, pular corda, e praticar esportes.
Ainda na prevenção do ganho de peso em excesso na infância, deve-se usar a tabela com as curvas de crescimento da Caderneta de Saúde da Criança, na qual é possível detectar alterações desde os primeiros meses de vida. O período crítico, quando há maior acúmulo de gordura corporal, dá-se por volta de 5 anos. Nessa idade, cerca de 80% das crianças com excesso de peso se tornam adultos obesos, e sabe-se que filhos de pais obesos (pai ou mãe) têm 50% de probabilidade de se tornarem obesos. Escolas, órgãos governamentais, indústria alimentícia e a mídia podem desempenhar papel importante na prevenção e no controle da obesidade ao atuarem junto à sociedade promovendo um estilo de vida saudável.
No que diz respeito ao tratamento da obesidade, ele deve envolver pediatra, nutricionista, psicólogo, educador físico e família, para garantir bons resultados e a adesão do paciente. A orientação dietética deve ser individualizada e contar com a participação da criança ou adolescente e visa diminuir a ingestão de calorias e incentivar a escolha de alimentos mais saudáveis. Mudanças de comportamento ajudam a interromper o ciclo vicioso da obesidade: diminuição de atividade física, assistir à TV e comer sem ter fome. Estudos mostram que reduzir em duas horas o tempo gasto no computador e em frente ao aparelho de TV tem impacto positivo.
Já o uso de medicamentos fica restrito aos casos que não respondem às mudanças na alimentação e no estilo de vida, e nos quais a gravidade da doença coloca em risco o paciente. No Brasil, dois medicamentos desenvolvidos para induzir emagrecimento estão disponíveis: orlistat e sibutramina, ambos liberados apenas para adultos. Nos Estados Unidos, estão em fase de pesquisa e aprovação pelo órgão que regula medicamentos e alimentos (FDA, na sigla em inglês) associações de medicamentos como naltrexona com bupropiona e topiramato com fentermina, este último já comercializado. A locarserina tem mecanismo de ação semelhante ao da sibutramina, com relato de menos efeitos colaterais. A doença, uma vez instalada, tem tratamento difícil, com recaídas frequentes e elevado percentual de insucessos. Portanto, prevenir é melhor que remediar.
*Mônica Moretzsohn é pediatra com atuação em nutrologia infantil no Serviço de Nutrologia do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira da UFRJ.
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Fonte: http://www.portalsaude360.com.br/artigos.html#.article-02

Assim como acontece com a população adulta, o número de obesos está crescendo de forma alarmante entre crianças e adolescentes. Estudos populacionais indicam que atualmente de 20% a 30% das crianças apresentam sobrepeso e obesidade. E essas taxas tendem a aumentar. Se nada for feito para prevenir e tratar o problema, em 20 a 30 anos haverá mais indivíduos com diabetes tipo 2 (causada principalmente por excesso de peso e sedentarismo), problemas cardiovasculares, síndrome da apneia do sono (paradas breves e repetidas da respiração no sono, mal que, além de cansaço e irritação, causa doenças circulatórias, falhas de memória e impotência), câncer, danos ao fígado e aos rins, asma, alterações ortopédicas, entre outros males decorrentes da obesidade.
E quais são as razões para o aumento do número de crianças e adolescentes acima do peso e obesos? O que se pode fazer para frear esse crescimento? Para a primeira questão, a resposta parece óbvia: mudanças no estilo de vida nas últimas décadas levaram a um maior consumo de calorias, em grande parte proveniente de alimentos menos saudáveis, e ao sedentarismo. Hoje no Brasil as crianças passam mais tempo confinadas.
Para reverter esse quadro, a resposta é fácil na teoria, porém difícil na prática, pois exige mudanças radicais dos hábitos das nossas crianças e dos nossos adolescentes. Primeiro é necessário melhorar a alimentação, e isso começa em casa, com os pais. As escolas também devem participar desse esforço, oferecendo refeições mais balanceadas e ensinando noções essenciais de nutrição.
Com relação à atividade física, os pais devem dar o exemplo, praticando e incentivando seus filhos a levar uma vida mais ativa, em movimento. Isso não implica necessariamente dedicar-se a esportes ou frequentar academias de ginástica. Além disso, é preciso criar condições para que a população possa se movimentar mais, como construção de praças e ciclovias. Outra medida importante é o combate à violência para que as nossas crianças e jovens possam sair às ruas com tranquilidade para brincar e se movimentar.
É enfim um esforço conjunto para, de início, deter a progressão da obesidade em crianças e, posteriormente, diminuir sua prevalência. E vale a pena.
*Alfredo Halpern é endocrinologista, professor livre-docente da Faculdade de Medicina da USP, fundador e ex-presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso).
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