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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Osteoporose: saiba como evitar fraturas, dores e a progressão da doença


Manter o peso ideal e fazer adaptações em casa evitam complicações

Caracterizada pela baixa densidade da massa óssea e deterioração do tecido dos ossos, a osteoporose deixa os ossos mais frágeis, facilitando fraturas. Quem convive com a doença deve tomar certos cuidados, desde a alimentação até a prática de exercícios físicos para evitar quedas, dores nas articulações e a própria evolução da doença. Conversamos com especialistas e temos as dicas para os pacientes com osteoporose caminharem sem medo. Confira! 

Mantenha-se no peso ideal

Se a manutenção do peso é benéfica como um todo, para pessoas com osteoporose ela é a ainda mais importante. E não é só a obesidade que atrapalha a vida do paciente, não - aqueles que estão muito abaixo do peso também correm riscos. "Os pacientes acima do peso têm dificuldade de realizar exercícios e tendência a desenvolver outros problemas, como hipertensão arterial e diabetes, além de geralmente manterem uma alimentação inadequada, sem o aporte nutricional que a osteoporose pede", explica o ortopedista Roberto Santin, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. "Ao passo que os de peso muito baixo têm, em geral, deficiência alimentar por pouca ou má ingestão de nutrientes", completa. Inclusive, os mais magros são mais atingidos com a osteoporose, justamente porque a gordura periférica em menor quantidade naqueles abaixo do peso - ajuda a manter o aporte de cálcio, deixando os ossos mais fortalecidos. "Uma das explicações para isso seria o fato de que um paciente muito acima do peso se fraturaria mais facilmente ao se levantar pra caminhar, então a natureza dá a essas pessoas uma força extra para poder aguentar o seu próprio peso", explica o ortopedista Weldson Muniz, do Hospital Santa Luzia, em Brasília. No entanto, uma vez com osteoporose, o excesso de peso pode causar um esforço muito grande das articulações, favorecendo dores e quedas.



Pratique exercícios

 A atividade física é fundamental para os pacientes com osteoporose. "Além de aumentar o aporte de cálcio ao osso, o exercício ajuda no equilíbrio para evitar quedas", diz o ortopedista Weldson. Praticar exercícios também ajuda a manter a densidade óssea à medida que envelhecemos, diminui a dor nas articulações e ainda por cima elimina os quilos que por ventura estiverem sobrando e forçando as articulações. Exercícios de fortalecimento e flexibilidade, bem como atividades aeróbicas, são as mais indicadas para os portadores de osteoporose. Os primeiros ajudam a manter a densidade óssea e fortalecer as articulações, já os exercícios de flexibilidade, como alongamento e ioga, além de beneficiar as articulações também ajudam a preservar a amplitude do movimento. Por fim, as atividades aeróbicas podem ajudar a construir ossos e manter as articulações saudáveis, bem como fortalecer os músculos, coração e pulmões. Segundo o ortopedista Weldson, hoje em dia muitas das academias já dispõem de sistemas de treino de equilíbrio. "Devemos lembrar, no entanto, que todos os pacientes devem ser avaliados para poder executar os exercícios corretos e na época adequada, especialmente os idosos", acrescenta o ortopedista Roberto. 

Fonte: Minha Vida

terça-feira, 2 de julho de 2013

Adolescência: transformações afetam desde sono e suor até o emocional

Não só o sistema reprodutor se desenvolve, há também modificações na musculatura, ossos e até no cérebro.


A adolescência é sempre um período de grandes mudanças no organismo, afinal passamos da infância para a idade adulta. "Essa é uma época de transição, tanto emocional como física. Nessa fase, além das mudanças de caracteres sexuais secundários, temos mudanças em órgão internos também, como seu crescimento para acompanhar o novo corpo que se forma", explica a hebiatra Andrea Hercowitz, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Além de englobar as mudanças do corpo, normalmente esse período abrange outros tipos de transformações: "Essa é a etapa evolutiva na qual ocorrem as mais significativas alterações nas áreas biológica, psicológica e social", considera a hebiatra e pediatra Susana Graciela Bruno Estefenon, membro da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul.

Mas normalmente apenas as mudanças nos caracteres sexuais são levadas em conta nessa época, como a menstruação e crescimento das mamas nas meninas e o desenvolvimento dos testículos nos rapazes, além dos pelos pubianos e no resto do corpo em ambos os sexos. Mas o corpo como um todo se transforma nessa época. Entenda essas mudanças, o que é normal nessa fase e a melhor forma de lidar com as transformações.

Aumento do suor

Crianças estão sempre cheirozinhas, já reparou? Mas quando chega a adolescência, ela traz o suor e o mau odor na garupa! Isso ocorre porque com o aumento do hormônio testosterona, as glândulas sudoríparas começam a trabalhar em dobro, o que aumenta mesmo a transpiração. E o que explica o cheiro? "O suor contém água, sais, restos de células e do metabolismo, e isso somado a ação de bactérias e leveduras próprias da pele provocam o mau odor característico", explica a hebiatra e pediatra Susana Graciela Bruno Estefenon, membro da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul. 

Meninos ou meninas, ninguém está livre disso, apesar da testosterona ser um hormônio mais masculino. "Algumas patologias em meninas, como a síndrome do ovário policístico, aumentam a produção dessa substância nelas", lembra a hebiatra Andrea Hercowitz, do Hospital Israelita Albert Einstein. Normalmente isso costuma a atrapalhar a vida do jovem, mas são condições normais do corpo. O acompanhamento com um pediatra ou hebiatra pode mostrar se o suor está excessivo mesmo. Porém, a melhor forma de tratar o sintoma é com o uso de desodorantes, sabonetes anti-sépticos e tecidos que não sejam sintéticos.

Consolidação e aumento dos ossos

A adolescência é o período de maior absorção de massa óssea do corpo, que termina de se consolidar apenas aos 20 anos de idade. Nessa época fazemos o depósito de massa óssea, já que após os 30 anos ela começa a ser perdida. Mas além de cuidar da densidade dessas estruturas, é preciso lembrar que eles também se alongam, para suportar o novo corpo adulto. "O aumento de altura chega a dobrar: uma criança normalmente cresce 5 centímetros ao ano, enquanto o adolescente cresce até 10 cm no mesmo período", considera Andrea.

O problema é que o crescimento se dá primeiro nos membros inferiores e superiores e por último no tronco, o que facilita o jeito desastrado desses jovens. "A imagem cerebral do membro é mais lenta que o desenvolvimento do músculo esquelético dos membros superiores e inferiores. Assim, o adolescente sente dificuldades em coordenar seus movimentos de forma harmônica e medir os movimentos e distâncias", pondera Susana. 

Músculos mais fortes

Uma vantagem que normalmente os rapazes valorizam está no crescimento e desenvolvimento da musculatura. Até porque, são eles que percebem isso mais no seu próprio corpo! Mas isso não significa que os meninos se desenvolvem mais do que as meninas nesse quesito. "Elas, além dessas mudanças musculares, têm tipicamente os depósitos de gordura no corpo que geram as formas femininas, como o aumento da região dos seios e quadris", pondera Andrea.

Um dos problemas é que os ossos normalmente crescem muito mais rápido que a musculatura, o que pode causar as famosas dores de crescimento. "Eles acabam ficando mais esticados, o que força esses órgãos. A solução para esse problema é fazer alongamentos", recomenda a especialista. Mas para os rapazes que querem aproveitar esse período para ganhar mais massa muscular, um alerta: a musculação não deve ser feita com muito afinco nessa fase, já que as articulações e mesmo os músculos na estão completamente desenvolvidos, e isso facilita o aparecimento de lesões. 

Alterações do sono

Dormir é um dos quesitos fundamentais dos adolescentes, parece que eles sempre estão com sono! Na verdade as necessidades de sono deles são normais, mas há uma tendência maior de se tornar vespertino nessa fase, ou seja, deitar-se e levantar-se mais tarde, o que não corresponde com o que a rotina demanda. E isso só traz prejuízos. "Sabemos que o eixo hipotálamo - hipofisário produz o hormônio de crescimento durante o período em que dormimos, razão pela qual o sono se torna tão importante nesta etapa", considera a pediatra e hebiatra Susana. Acredita-se que isso reduza um pouco a altura final do adolescente, apesar de não ser possível comprovar isso.

E a melhor forma de consertar isso é dormir mais durante a noite. "Cochilos durante o dia podem ajudar a adolescente a se concentrar mais nos estudos, por exemplo, mas em termos de crescimento, é o sono da noite que conta, já que o pico do hormônio ocorre no sono profundo, que não é obtido nesse curto período da soneca", ressalta a hebiatra Andrea.

Mudanças no cérebro

O cérebro também está em grandes mudanças nessa fase, um estudo publicado em fevereiro de 2013 no Jornal da American Psychology Society conseguiu mensurar isso. E não é que o sono também está ligado a isso? "Pesquisas recentes mostram que no inicio da puberdade o volume de massa cinzenta frontal e parietal atinge um pico e logo decresce, e que tal tecido é sensível ao sono e a sua qualidade", relata a hebiatra Susana.

Mas essas transformações ocorrem devido às diferentes formas de raciocínio que crianças e adultos têm, os últimos estão ligados a padrões diferentes de pensamento. "O aumento cerebral ocorre durante toda infância até a puberdade. Depois ele passa por um processo de maturação e especialização dos neurônios e das conexões neuronais, hormonais e dos neurotransmissores, que asseguram o desenvolvimento mental e cerebral", esmiúça a especialista. 

Questões psicológicas

Com tanta transformação ao mesmo tempo, não é a toa que essa fase é considerada uma das mais confusas da vida. Afinal, é difícil se reconhecer em um corpo que está em constante modificação e o que eles mais querem nessa fase é serem aceitos pelos outros. Não fosse só isso, há todo o conflito de assumir novas responsabilidades da vida adulta. "Umas das principais missões da adolescência é a busca da identidade adulta e da independência. Eles mudam relações completamente, tendo um afastamento dos pais para gerar uma individualidade e transitando por diversos grupos, para assim testarem que tipo de adultos eles querem ser", classifica a hebiatra Andrea. Por isso, é preciso que os pais sejam compreensivos com os conflitos e escolhas feitas nessa época. 

Cuidados especiais

Todas essas mudanças corporais pedem um cuidado alimentar. O crescimento e consolidação ósseas, por exemplo, pedem a maior ingestão de cálcio, mineral formador do tecido dessas estruturas, e vitamina D, que ajuda na absorção desse nutriente. Além disso, nutrientes como ferro, zinco e as proteínas são muito importantes. As últimas, principalmente, acabam sendo menos consumidas. "Os carboidratos viram o alimento mais natural para eles, porque satisfaz rapidamente, o que corresponde à necessidade comum nessa época por resultados imediatos. Mas é importante ter um equilíbrio disso tudo", considera a hebiatra Andrea.

A atividade física também é essencial, principalmente os exercícios aeróbicos, já que muitos jovens têm problemas como colesterol alto devido ao sedentarismo! "A aeróbica é importante para manutenção de crescimento dos ossos e dos órgãos", reitera a especialista. A Academia Americana de Pediatria estimula exercícios e a prática de esportes, segundo o interesse de cada um.