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segunda-feira, 29 de julho de 2013
Quem tem câncer consegue contratar um plano de saúde?
Planos não podem recusar novos contratos com pessoas com doenças preexistentes, mas segurado dificilmente terá cobertura para seu problema
Uma pessoa que foi diagnosticada com câncer até consegue contratar um plano de saúde pessoal, mas vai se ver às voltas com algumas dificuldades. Na maior parte dos casos, os procedimentos complexos relacionados à doença preexistente não são cobertos pelos planos por 24 meses, prazo máximo de carência estipulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para esses casos.
Procedimentos de alta complexidade são definidos no Rol de Coberturas da ANS e abarcam casos como quimioterapia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, além de hemodiálise crônica e cateterismo cardíaco.
Ou seja, o segurado até conseguiria contratar um plano, pelo mesmo preço que qualquer pessoa com o mesmo perfil e sem doença preexistente, mas não conseguiria tratar o câncer por esse novo plano por até dois anos.
É a chamada Cobertura Parcial Temporária (CPT), em que procedimentos normais estão sujeitos às suas regras de carência regulares, e procedimentos complexos ficam sujeitos a essa carência especial de 24 meses. A CPT impõe essa carência ainda ao acesso a leitos de alta tecnologia (CTI e UTI) e cirurgias decorrentes da doença preexistente.
Outra possibilidade é haver um agravo ao prêmio do novo segurado com doença preexistente. Por uma mensalidade mais alta, o segurado consegue cobertura para esses tratamentos e procedimentos complexos. Porém, dizem corretores, a CPT é mais comum que o agravo.
Plano não pode recusar preexistência
O que não pode ocorrer de jeito nenhum é um plano de saúde negar um novo segurado por qualquer doença ou lesão preexistente, pois isso se configura como discriminação, prática sujeita à multa. O mesmo vale para discriminação por qualquer outro motivo, como idade, por exemplo.
Para se configurar como preexistente, uma doença já deve ter sido confirmada por um médico e ter exames comprobatórios. A mera suspeita de uma doença não configura preexistência. Neste caso, se o plano quiser, pode pedir uma avaliação médica do possível cliente para tentar confirmar a doença ou lesão.
“Se o plano não fizer isso e houver confirmação da doença poucos dias depois de o novo segurado ter contratado o plano, não será possível negar a cobertura àquela doença ou lesão por 24 meses alegando preexistência”, diz Luciano Brandão, advogado especializado na defesa de consumidores de planos de saúde.
De acordo com Brandão, a questão foi definida na Súmula 105 do Tribunal de Justiça de São Paulo, em cujo texto consta que “não prevalece a negativa de cobertura às doenças e às lesões preexistentes se, à época da contratação de plano de saúde, não se exigiu prévio exame médico admissional”.
Em contrapartida, a pessoa que já tiver uma doença ou lesão preexistente confirmada e negar essa informação ao contratar o plano pode ter o contrato rescindido. Por isso, não se deve mentir ou omitir informações na hora de contratar um plano de saúde.
Demais procedimentos têm cobertura normal. Assim, ferimentos, doenças e outros problemas de saúde não decorrentes da doença preexistente terão a cobertura sujeita aos prazos máximos de carência normais: 24 horas para casos de urgência, acidentes pessoais, complicações no processo gestacional, e emergência, risco imediato à vida ou lesões irreparáveis; 300 dias para partos a termo, excluindo-se os prematuros; e 180 dias para as demais situações.
Segundo Luciano Brandão, se o segurado estiver em período de CPT e tiver um problema de saúde decorrente do câncer, mas que não exija um procedimento de alta complexidade, então o tratamento deve ficar sujeito às regras de carência normais. Ou seja, decorridos os seis meses de carência para procedimentos normais, esse tratamento mais simples deverá estar coberto, ainda que o problema de saúde seja consequência do câncer.
O advogado acrescenta ainda que algumas decisões judiciais já consideraram que, caso a doença preexistente leve o segurado a uma situação de risco de vida, o plano deverá cobrir o atendimento de emergência. “Mas essas são decisões pontuais, vai de caso a caso”, explica.
Portabilidade aplica-se normalmente
A portabilidade de carências também é possível para um paciente diagnosticado com câncer. Trata-se da possibilidade de trocar de plano de saúde, ficando dispensado do cumprimento de novos períodos de carência e de cobertura parcial temporária na contratação do novo plano individual, familiar ou coletivo por adesão, na mesma ou em outra operadora de saúde. Isso pode ser feito desde que o segurado cumpra os seguintes pré-requisitos:
- Estar adimplente junto à operadora do plano de origem;
- Na primeira portabilidade, ter permanecido no plano de origem por no mínimo dois anos ou, no caso de ter cumprido Cobertura Parcial Temporária (CPT), três anos;
- Nas portabilidades posteriores, ter permanecido ao menos um ano no plano de origem;
- O plano de destino ser compatível com o plano de origem (individual para individual, familiar para familiar, coletivo por adesão para coletivo por adesão, com mesma segmentação assistencial);
- A faixa de preço do plano de destino ser igual ou inferior à que se enquadra o seu plano de origem, considerada a data da assinatura da proposta de adesão;
- E o plano de destino não estar com registro em situação “ativo com comercialização suspensa” ou “cancelado”.
Fonte: Exame
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Ministério da Saúde garante medicamento contra leucemia infantil
O Ministério da Saúde já abasteceu os estados e o Distrito Federal com o medicamento contra leucemia infantil L-Asparaginase. A medida garante a continuidade do tratamento e beneficia mais de 3 mil crianças. Foram investidos R$ 17,6 milhões na compra de 52.300 frascos, quantitativo suficiente para suprir toda a demanda nacional pelo tratamento por um ano. A ação foi feita em parceria com a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE). “O L-Asparaginase é um tratamento essencial para destruir as células doentes e aumenta significativamente a chance de cura”, explica o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos estratégicos, Carlos Gadelha.
Até o ano passado, o L-asparaginase era comprado pelos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) habilitados em oncologia. O Ministério da Saúde assumiu a compra depois que a empresa brasileira que distribuía o medicamento, comunicou ao governo federal que o produtor estrangeiro havia interrompido a fabricação, e que os estoques durariam apenas até meados deste ano. O ministério, então, viabilizou a aquisição centralizada por meio de novo fornecedor, garantindo maior controle do abastecimento.
A partir de 2015, o L-Asparaginase passa a ser produzido no Brasil por meio de parceria entre a Fiocruz e os laboratórios privados NT Pharma e Unitec Biotec firmada em junho. Assim, o país fica livre de ser surpreendido pela suspensão da oferta por uma empresa privada internacional sem atividades produtivas no País.
Para a presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica, Carla Pacheco, a estratégia adotada pelo Ministério da Saúde em parceria com as entidades médicas evitou o desabastecimento do medicamento e o consequente prejuízo ao tratamento dos pacientes. “No início, nós ficamos temerosos que faltasse o medicamento, pois não há substituto no Brasil e o prazo era apertado. Felizmente, todas as medidas cabíveis para a compra emergencial foram tomadas. Imediatamente após a data anunciada para o encerramento da produção pelo laboratório, o Ministério já esta abastecendo os hospitais”, diz.
O secretário destacou a parceria é um exemplo de que com a participação da sociedade civil é possível construir uma saúde pública cada vez mais eficiente no Brasil. “Neste caso, a iniciativa vai permitir salvar vidas e melhorar as chances de sucesso do tratamento de crianças, que sem este medicamento, talvez não tivessem outra alternativa/, afirma.
Tratamento
O L-asparaginase tem capacidade para destruir uma enzima essencial à sobrevivência das células cancerígenas da leucemia linfoide aguda, um tipo de leucemia comum na infância e que tem uma probabilidade de cura de cerca de 90%.
A produção do medicamento envolve tecnologia complexa. O produto é um biológico, ou seja, feito a partir de material vivo e manufaturado a partir de processos que envolvem biologia molecular. Os biológicos, nestes casos, são a única alternativa existentes em relação aos medicamentos tradicionais de síntese química, aumentando as possibilidades de sucesso no tratamento principalmente para doenças crônicas, além das vacinas.
Atualmente, os biológicos consomem 43% dos recursos do Ministério da Saúde com medicamentos, cerca de R$ 4 bilhões por ano, apesar de representarem 5% da quantidade adquirida. O Brasil já produz hoje, via transferência de tecnologia, 25 biológicos para doenças como hemofilia, esclerose múltipla, artrite reumatoide e diabetes. Até 2017, estes produtos terão fabricação 100% nacional.
Fonte: Aqui Acontece
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Ministério da Saúde alerta para cuidados com a saúde no inverno
População deve reforçar os hábitos de higiene e evitar a automedicação. A atenção com crianças e idosos deve ser redobrada nesta época do ano
Com a chegada do inverno, o Ministério da Saúde alerta à população a adotar medidas de prevenção contra as doenças respiratórias, comuns nesta época do ano, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
A concentração de pessoas em ambientes fechados favorece a circulação de diversos tipos de vírus respiratórios, inclusive o da influenza. Hábitos simples de higiene são importantes para prevenção, já que o vírus permanece vivo no ambiente por até 72 horas e, em superfícies como corrimões, maçanetas e torneiras, por até 10 horas.
Os cuidados de higiene devem ser redobrados com crianças e idosos. No caso das crianças, é recomendável - especialmente no ambiente escolar - que além das mãos, os brinquedos e objetos de uso comum sejam lavados com água e sabão ou higienizados com álcool gel a 70%. Nas creches, também é importante evitar que as crianças durmam muito próximas. A distância ideal entre elas é de um metro.
Já para os idosos, o perigo está nas complicações advindas com a gripe, como a pneumonia e agravamento de doenças crônicas, entre elas a hipertensão e diabetes. Uma, entre as várias formas de prevenção, é a vacina contra a gripe, que foi ofertada pelo Ministério da Saúde aos grupos mais vulneráveis. “Nesse ano, superamos a meta e conseguimos vacinar mais de 90% da população alvo. A vacina não elimina totalmente a transmissão da gripe, mas pode reduzir as complicações e as mortes”, observa o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
Os sintomas da gripe costumam se manifestar entre dois e três dias após o contágio e duram, em média, uma semana. Febre alta permanente e dificuldade para respirar são sinais que podem indicar o agravamento do quadro, principalmente se ocorrer com pessoas dos grupos de maior vulnerabilidade para as complicações da influenza. "A gripe tem início súbito e, na maior parte dos casos, tem cura espontânea. Mas, é fundamental um diagnóstico rápido e tratamento adequado, principalmente com crianças pequenas, idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas", alerta o secretário.
RESFRIADO E RINITE – Mais leve e menos demorado, o resfriado frequentemente é confundido com gripe. Embora parecidos, os sintomas do resfriado são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias. Em geral, as pessoas apresentam tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. No resfriado, a febre é menos comum e, quando aparece, é baixa.
Outra doença que também tem sintomas parecidos e que pode ser confundida com a gripe é a rinite alérgica. Os principais sintomas são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta. A rinite alérgica não é uma doença transmissível, provocada pelo contato com agentes que causam alergia, como poeira, pelos de animais, poluição, mofo e alguns alimentos.
O vírus da influenza pode ser transmitido por adultos doentes por até sete dias e até 14 dias, em crianças. A forma mais comum de transmissão é a direta, entre pessoas, por meio de gotículas de saliva expelidas ao falar, tossir e espirrar. A outra forma é a indireta, por meio das mãos que, após tocarem superfícies contaminadas por secreções de pessoas doentes, podem carregar o vírus diretamente para a boca, nariz e olhos.
TRATAMENTO – Ao surgirem sintomas de gripe, resfriado ou rinite, o Ministério da Saúde recomenda que as pessoas procurem o serviço de saúde mais próximo e não tomem medicamentos por conta própria, como os antigripais. A automedicação pode mascarar sintomas, contribuir para o agravamento da doença e dificultar o diagnóstico, que deve ser feito por um médico.
Para os casos de síndrome gripal em pessoas vulneráveis às complicações, o Ministério da Saúde recomenda que os médicos prescrevam o uso do antiviral Fosfato de Oseltamivir (Tamiflu), de acordo com o Protocolo de Tratamento da Influenza 2013. Só neste ano, foram enviados às secretarias estaduais mais de um milhão de tratamentos que devem estar disponíveis nas unidades de saúde de todo o país.
Para atingir sua eficácia máxima, o medicamento deve ser tomado nas primeiras 48 horas após o início da doença. Entretanto, mesmo ultrapassado esse período, o Ministério da Saúde indica a prescrição do antiviral.
Medidas preventivas de eficácia comprovada:
Higienizar as mãos com água e sabão, ou com álcool gel, principalmente depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro; antes de comer; antes e depois de tocar os olhos, a boca e o nariz
Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente contaminadas, como corrimãos, bancos e maçanetas
Evitar proteger a tosse e o espirro com as mãos, utilizando, preferencialmente, lenço de papel descartável
Evitar contato com pessoas que apresentem a síndrome gripal.
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